Como facilmente poderão imaginar, depois de ter tido alguns
desportivos de renome no meu 'portfólio automóvel', estar 'restringido' a um
parque automóvel composto por um Volvo S40 1.6 e um Opel Corsa 1.2, começava a
gerar-me um profundo sentimento de 'automobilis frustratus'! ;-)
Para um 'aficionado', nada pode ser mais desmotivante do que
não sentir prazer na condução de um carro e, não fosse (na altura) a
possibilidade de me deslocar de mota e sentir algumas sensações mais 'fortes',
confesso que teriam sido uns anos difíceis de ultrapassar!
A mota para o dia-a-dia era uma Gilera Nexus 500, a qual, não
sendo uma mota 'desportiva' , tb não encaixava propriamente no estilo 'scooter'
puro…
Sendo que o Volvo era o 'carro de empresa' e quanto a esse nada
havia a fazer, olhando para o Opel Corsa, era chegada a altura de 'abrir os
cordões à bolsa' e apontar para algo um pouco mais 'interessante'!
O último descapotável que me passou pelas mãos tinha deixado
imensas saudades e assim estava decidido, tinha que ser um descapotável!
Dirigi-me ao meu stand de confiança e, combinada a entrega
do Opel como 'moeda de troca', foram-me apresentadas 2 alternativas para um
mesmo formato de descapotável 'low cost', com 2 lugares.
Depois de analisadas e experimentadas as duas viaturas e
sendo que o preço era 'taco-a-taco', a escolha recaiu sobre um Mazda MX-5 1.8
de 2000, o 11-35-PC!!
O 'carrinho' tinha 71.000km percorridos até à data, vinha
equipado com AC e era de um proprietário criterioso, que o tinha mantido com
grande cuidado!
Estava excelente de pintura, bem como de interiores e a
capota de vinil, com óculo traseiro em vidro e desembaciador, estava
absolutamente impecável!
O facto de a capota ser 100% manual e de funcionamento
extremamente fácil, era uma garantia de que haveria menos uma coisa para se
avariar! :-)
A versão 1.8 debitava cerca de 140cv, o que aliado a pouco
mais de 1.000kg de peso, motor à frente e tracção traseira, tornavam este MX-5
num verdadeiro 'kart', sendo extremamente divertido e entusiasmante de
conduzir! O manuseamento da caixa de 5 velocidades era um regalo, bastando uns
rápidos movimentos de pulso para accionar o pequeno selector primorosamente
colocado! A não contribuir para uma posição de condução 'ideal', estava uma
colocação demasido baixa do volante (um 'Nardi' mas sem regulação), que
obrigava a que se chegasse o banco um pouco mais atrás do que o normal para
evitar tocar com a parte superior das pernas no volante…
O motor, sempre solícito e àvido por rotações, era no
entanto, 'discreto' no seu funcionamento… impunha-se portanto uma mudança da panela
final para algo mais 'audível', que tornasse o 4 cilindros do pequeno Mazda num
motor mais 'encorpado'… pelo menos ao nível dos dB emitidos! :-D
Optei por comprar uma panela em inox da Larini Systems (http://www.larinisystems.com/) e, a julgar
pelas marcas 'alvo' desta empresa de escapes, nem queria acreditar que faziam
panelas para o pequeno MX-5!!
Instalada em pouco mais de 15 minutos, veio a confirmação de
que tinha sido a escolha certa… com pouca carga de acelerador e em velocidades
constantes, nem se dava pela 'alteração', pelo contrário, de acelerador 'no
tapete', a partir das 4.000rpm emitia um som mais parecido com um carro de
troféu! À minha medida…. ;-)
Em termos de fiabilidade, só uma coisa a dizer…. 'Japonês'… e para bom
entendedor, meia palvra basta!
Outro campo onde o Mazda constituíu uma agradável surpresa
foi no seu apetite por gasolina… consumos de 7 litros/100 não eram difíceis de
atingir, subindo para 10/11 litros/100 numa condução (bastante) mais empenhada!
Esse 'empenho' na condução tinha a capacidade de me gerar um
sorriso de orelha a orelha, tanto mais que o diferencial autoblocante (de
origem) proporcionava um fácil controlo das derrapagens de traseira, uma 'tentação'
à qual dificilmente era capaz de resistir! ;-)
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