quarta-feira, 13 de junho de 2012

o meu 6º carro...

Com quase 2 anos de FIATs 'no bucho', estava prestes a fazer 'tilt' com tanta insatisfação e desaires vários.... Felizmente, a vida corria-me bem e pude fazer um bom 'upgrade' para o meu 2º carro novo! Apresento-vos o Reanult Laguna Break 1.9dTi RXT, 75-85-MB!

As jantes da minha eram diferentes, mas a cor e aspecto geral são fiéis...
Tive que esperar 3 meses pela entrega do carro e, como devem imaginar, foram tempos de ansiedade na medida em que estava sempre à espera de quando é que o Brava TD100 se iria avariar outra vez e me faria incorrer em (mais) despesas....  tão perto de ser entregue!

O meu primeiro Renault era uma versão 'RXT', apresentando um nível de equipamento superior que incluía, entre outras coisas; computador de bordo com sintetizador de voz, bancos em pele com regulação eléctrica e sistema de alta-fidelidade 'Cabasse' com 8 altifalantes.

O interior, apesar de bem construído, não podia ser mais 'cinzento'....
Mantendo a preferência pelos diesel (em virtude das elevadas quilometragens que percorria anualmente), optei pelo recém-estreado motor 1.9dTi o qual, de acordo com o anunciado pela marca, consumia em redor dos 6l/100! Os 100cv anunciados eram bastante mais suaves e progressivos do que os 100cv do Fiat diesel de onde vinha, mas onde se vincava a maior diferença era no ruído de funcionamento, significativamente inferior!

Com o acumular dos quilómetros foi fácil constatar que os consumos eram realmente muito bons e, mesmo em ritmos mais rápidos, raramente escalavam acima dos 7 l/100 o que, no meu caso, representava uma poupança de 2 a 3 litros por cada 100km percorridos! E se quiserem perder tempo a fazer contas, fiz mais de 70.000km em menos de 2 anos... ;-)

Por volta dos 8.000km de vida, adicionei-lhe um 'kit de vitaminas', designado por 'PowerBox' (começavam a aparecer os primeiros tunings para os turbodiesel com gestão electrónica) e que, supostamente, traria mais 15 a 20 cavalos e um incremento de binário na ordem dos 50Nm.
O resultado foi extremamente satisfatório, na medida em que não perdi a suavidade do motor, mantendo uma elevada disponibilidade em toda a gama de rotações, ganhando outra energia e sendo capaz de umas recuperações mais 'eficazes', mesmo em 5ª velocidade.... a subir! 
A caixa era de fácil manuseamento, mas de escalonamento 'curto', o que levava a que na última relação de caixa, com o velocímetro em cima dos 200km/h, já o conta-rotações indicava 4.200rpm (a potência máxima chegava às 4.000rpm)... :-(

Apesar do 'kitanço', posso dizer que a fiabilidade do motor foi irrepreensível! Revisões normais, gasóleo e.... siga! 
Nunca tive a mais pequena razão de queixa, tendo sido somente uma vez chamada à Renault (fora do programa de manutenção programada) para troca de um cabo de embraiagem alegadamente defeituoso, cuja reparação foi suportada pela marca.


A minha carrinha confirmou a regra de que os carros Franceses são dos mais confortáveis, absorvendo irregularidades do piso como uma esponja e permitindo fazer viagens superiores a 300km sem inflingir qualquer cansaço aos ocupantes...
'Suspensões macias' significavam um comportamento mais  'à barco' nas curvas mas, sem quaisquer pretensões 'desportivas', era mais uma característica do que propriamente um problema.

O espaço interior era abundante e até o lugar do meio do extenso banco traseiro era igualmente confortável, com direito a encosto de cabeça rebatível/regulável e cinto de 3 apoios. 
A mala, bom... era mais uma 'assoalhada' do que outra coisa.... 540 litros é muita mala! No entanto, rapidamente percebi uma coisa.... quanto maior a mala, maior a nossa predisposição para levar carga que não faz falta! ;-)

Para terminar, uma história curiosa:
A dada altura, para melhorar o (já bom) sistema de som, avancei para a instalação de um sistema de subwoofer na mala (leia-se, pavilhão atlântico).
A oficina onde fiz a instalação, já me tinha dado provas anteriores de competência  e nem pensei em fazer noutro local.... Levantei a carrinha numa 6ªf depois do trabalho feito e, maravilhado com a 'profundidade' dos graves, dirigi-me a casa para na manhã seguinte fazer uma viagem de mais de 300km.
No Sábado, quando cheguei ao destino, reparei num cheiro intenso a gasóleo que vinha da traseira da carrinha e, qual não é o meu espanto, reparo que toda a traseira estava 'gordurosa', como se tivesse sido lavada com petróleo!! De imediato, suspeitei de uma fuga de gasóleo do depósito... :-(
Carrinha na Renault na 2ªf seguinte e.... resultado? .... 4 furos no depósito de combustível, provocados pela instalação do subwoofer!!! ;-)
Reclamei junto da oficina onde tinha sido feita a instalação, assumiram de imediato a culpa pelo sucedido e pagaram, na íntegra, a substituição de um depósito novo na Renault Chelas.
Uf...! 

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